Abstract
Objetivo
mensurar o custo direto médico do tratamento do Acidente Vascular Isquêmico agudo (AVCi) na perspectiva de um hospital público (HCFMB) e compará-lo com o repasse pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por meio do Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses/Próteses e Materiais Especiais do Sistema Único de Saúde (SIGTAP).
Metodologia
trata-se de um estudo de microcusteio, a partir da quantidade de pacientes internados por AVCi no ano de 2019 foram computados o custo do hospital e o faturamento SIGTAP para os cenários: padrão (1); alteplase (2); alteplase e trombectomia mecânica (3); trombectomia mecânica (4). Os custos do hospital foram ajustados pela inflação do período por meio do CCEMG-EPPI-Centre Cost Converter.
Resultados
em 2019 foram hospitalizados 258 pacientes devido AVCi, 89,5% no cenário 1, 8% no cenário 2, 1,5% no cenário 3, 1% no cenário 4. Na perspectiva do hospital o custo por paciente foi estimado em R$7.780,13, R$15.741,23, R$28.988,49, R$25.739,79, para os cenários 1, 2 ,3 e 4, respectivamente. O valor faturado pelo SIGTAP foi estimado em R$3.079,87, R$5.417,21, R$10.901,92, R$10.286,28, respectivamente. Se a trombectomia mecânica tivesse sido incluída neste repasse, os dois últimos faturamentos seriam R$ 25.393,34 e R$24.248,89.
Conclusão
o custo do tratamento do AVCi para o hospital em 2019 foi estimado em R$2.295.209, o repasse SUS em R$889.391,54. Com a inclusão da trombectomia mecânica ao faturamento SIGTAP, este repasse seria de R$975.282,44, e o desfalque do custo HCFMB por paciente em relação ao faturado pelo SUS é maior nos cenários sem este procedimento.
Authors
Juliana Tereza Coneglian de Almeida Rodrigo Bazan Sarah Nascimento Silva Lukas Fernando Silva Juliana Machado Rugolo Mônica Aparecida de Paula de Sordi Carlos Clayton Macedo de Freitas Vania dos Santos Nunes-Nogueira